3 de novembro de 2015

A falsidade do discurso multiculturalista

O multiculturalismo possui duas faces, a teórica discursiva e a militância prática.
No discurso o multiculturalista defende a igualdade respeitando as diferenças culturais.
Na prática os multiculturalistas com suas "ações afirmativas" ignoram as diferenças culturais em prol da igualdade econômica.

Por exemplo no Rio de Janeiro eles, e outros ativistas, criaram uma lei que reserva mais vagas (cotas) para quem vem da escola pública no acesso a universidade.
Nessa lei o aspecto "cultural" foi deixado de lado, pois a lei não faz menção a aspectos culturais dos pretendentes com preferência as vagas, mas sim, de terem frequentado escola pública, que em geral são os mais pobres que frequentam, independente da cultura.
Então, a lei visa beneficiar os mais pobres independente da cultura.

Entre os que frequentam escola pública podem existir brancos, afrodescendentes, mestiços, índios, asiáticos, etc, ou seja, os multiculturalista, na prática, não estão se preocupando com as diferenças culturais, mas sim, com a condição econômica.

Se entre os que frequentaram escola paga existirem afrodescendentes, e eles existem, eles serão preteridos em favor de brancos que estudaram em escola pública.
O que demonstra que o critério não é multicultural, mas sim, econômico - nada mais do que a "luta" em favor dos pobres.

Este é um aspecto que evidencia a falsidade da militância "multicultural".


Teorias defendidas por multiculturalistas.

"No momento em que se reuniram em nações, os homens deixaram de reconhecer-se uns aos outros por um nome comum.
O nacionalismo, ou amor à nação (...) tomou o lugar do amor em geral (...)
Tornou-se permissível, com esse fim, desprezar estrangeiros, enganá-los, feri-los.
Essa virtude foi chamada de patriotismo (...) e, se é assim, por que não definir esse amor de maneira ainda mais estreita? (...)
Assim, o patriotismo deu à luz o localismo
(particularismo) ou o espírito de família e, por fim, o egoísmo." Barruel, 1.789. Padre jesuíta francês, contrario ao Liberalismo. (1.641-1.820)
Citado por Stolke. Uma antropóloga e feminista. Nasceu na Alemanha em 1.938.

O que temos ai?
- Temos que o surgimento do estado-nação fez o homem perder sua identidade e passar a ter um nome comum.
E também, o amor a nação tomou o lugar do amor em geral!
Isso gerou o patriotismo que deu origem ao localismo que gerou a família!

Isso ai é uma contradição pois a família é um núcleo de amor não superado pelo amor a nação.

Mas, afinal, qual é o "valor" embutido dentro desse texto?
- É uma aversão, não declarada abertamente, ao patriotismo, ao nacionalismo.

É disso que se trata o multiculturalismo, uma aversão ao espírito nacional, a pátria, o multiculturalismo é uma ferramenta que busca eliminar esse valor através da equalização de todas as raças e culturas usando para isso a camuflagem da "igualdade" multicultural, uma tarefa homérica, mas, eles tem tempo e paciência.

Agora vejamos a origem ideológica desse ativismo:

"Acusam-se também os comunistas de querer abolir a pátria, a nacionalidade.
Os operários não têm pátria.
Não se lhes pode tirar aquilo que não possuem."

Karl Marx, Manifesto Comunista, 1.848.

Temos ai que para Marx, e para seus seguidores marxistas, o proletário não tem pátria!

Se isso fosse verdade, então, os proletários alemães, ingleses, franceses, italianos, espanhóis, etc, iriam se unir internacionalmente para lutar contra a burguesia.
Não seria uma luta de nação contra nação, mas sim, uma luta entre duas classes a nível mundial.... essa foi a maior mentira inventada por Marx!

Mentira essa que foi refutada em 1.919 na Primeira Guerra Mundial, antes dessa guerra os "intelectuais" marxistas tinham certeza que quando com armas nas mãos os proletários de cada nação iriam se rebelar e se uniriam todos para lutarem unidos contra a burguesia, como Marx havia profetizado.
Porém, isso não aconteceu, os operários de cada nação se alistaram em seus respectivos exércitos e lutaram por sua pátria!

Diante desse fato os "intelectuais" marxistas aceitaram a realidade?
Claro que não!
Chegaram a conclusão que algo existia na cultura ocidental que impedia que a profecia marxista se realizasse.
Cabia a eles "transformar" a cultura ocidental para que aceitasse o marxismo, dai surgiu o marxismo "cultural", que atua nas universidades e escolas, na mídia e nas instituições culturais, criando mecanismo "culturais" em busca da "transformação" da cultura ocidental.
O "multiculturalismo" é uma dessas ferramentas "culturais".



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