23 de fevereiro de 2016

A incoerência dos descontentes contra os "1% mais ricos"


Desigualdade
A desigualdade virou a vilã moral de nossos tempos.
Os descontentes contra ela se referem ao "1% mais ricos" com muita raiva, os acusam de ficarem com boa parte das riquezas.
Essa acusação é feita com maior ênfase nos EUA, onde existem muitos do "1%".

Os descontentes nunca mencionam que no EUA existe uma excelente qualidade de vida para a população, nunca mencionam que o EUA possui um dos melhores IDH do mundo!
Não, isso não é importante para eles, o importante para os descontentes contra a desigualdade é apenas a existência des "1% mais ricos".
E a solução que propõem é cobrar impostos cada vez maiores contra eles, ou seja, tirar dos ricos a maior parte da fortuna deles através da ação fiscal do estado.

Porém, os descontentes estão equivocados, a ação deles está mais para inveja do que para uma boa ação no sentido moral.

A grande imoralidade é que existam pobres e não que existam bilionários!
A imoralidade está na existência da pobreza e não na existência da riqueza!

A existência de pessoas pobres que não conseguem ter o mínimo necessário para viverem dignamente é o grande problema social e moral.
E não que existam bilionários como Bill Gates.
Se Bill Gates ganhou seu dinheiro de forma honesta porque inventou o Windows, o Word, o Excel e centenas de outros softwares usados no mundo inteiro, parabéns para ele!
Pessoas honradas não tem nada contra a existência de bilionários iguais a Bill Gates.

Bill Gates se tornou bilionário porque produziu uma 
mercadoria usada em larga escala no mundo inteiro.
Pessoas honradas não implicam com a existência 
de pessoas como Gates, pelo contrário!  
Seria ótimo para o mundo se existissem muitos como ele.

Então, a luta moral não é a duvidosa luta contra os "1% mais ricos", mas sim, a luta para criar mecanismos de produção e geração de empregos que possam acabar com os pobres, que possam dar as pessoas a possibilidade de trabalharem e produzirem e assim terem salários suficientes para se manterem dignamente.


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O Homem Revoltado

O Homem Revoltado

Em 1951 o livro (ensaio) "O Homem Revoltado" de Albert Camus abalou as estruturas da esquerda socialista francesa.

Esse ensaio de Albert Camus foi uma bem articulada demonstração sobre as máculas morais dos "revolucionários" através dos tempos, inclusive aos acontecimentos decorrentes da revolução de 1789.

Esta obra provocou o fim da longa amizade que Sartre mantinha com Camus, Sartre pertencia ao partido comunista.


"A filosofia pode servir para tudo, até mesmo para transformar assassinos em juízes” p.13
Essa é uma das conclusões de Albert Camus no seu livro "O homem revoltado".
O tema do livro é construído em cima do assassinato e a noção de absurdo. 

 
[Nota: revolucionários matam em nome de uma suposta "causa sublime" que tem dentro da cabeça.]

“O homem é a única criatura que se recusa a ser o que é. A questão é saber se esta recusa não pode levá-lo senão à destruição dos outros e de si próprio, se toda revolta deve acabar em justificação do assassinato universal” p. 21.
“Há crimes de paixão e crimes de lógica” (p. 13).

Camus procura respostas.
Como o crime pode ser inocente?
Qual a explicação por trás de uma multidão de escravos sob a bandeira da liberdade?
Como se justifica um massacre em nome da justiça e do amor?

“A revolta nasce do espetáculo da desrazão diante de uma condição injusta e incompreensível” (p. 21).

“É preciso portanto que a revolta tire suas razões de si mesma” (p. 21). 

“Há em toda revolta uma adesão integral e instantânea do homem a uma certa parte de si mesmo” (p. 26).

“Aparentemente negativa, já que nada cria, a revolta é profundamente positiva, porque revela aquilo que no homem deve ser defendido” (p. 32).

"O mal que apenas um homem sentia torna-se peste coletiva. Na nossa provação diária, a revolta desempenha o mesmo papel que o cogito na ordem do pensamento: ela é a primeira evidência. Mas essa evidência tira o indivíduo de sua solidão. Ela é um território comum que fundamenta o primeiro valor dos homens. Eu me revolto, logo existimos” (p. 35).



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18 de fevereiro de 2016

A filosofia cósmica de Hegel

A dialética de Hegel em seu movimento final (Ideia, Natureza) o leva ao Espírito, mediante um processo em que, na opinião de Hegel, o Espírito ganha consciência de si ao longo da história.
Para Hegel, a partir do movimento dialético das contradições "ideia" e "natureza" inseridos na história humana evoluíram do Nada para a Consciência, para a aquisição da Inteligência, ao que Hegel deduz ser o Espírito em formação, ou seja, Deus.

Hegel vê a história produzindo um ser (ser humano) cada vez mais inteligente, por isso lhe deu o nome de Espírito (Deus).

Para Hegel Deus não é o que é - ao menos só é parcial e muito provisoriamente o que atualmente é - Deus é o que se realizará na História.

A figura é uma ilustração mostrando Hegel e seus alunos, 
que eram sempre muitos,
em sua cátedra dando aula na Universidade de Berlim.

A visão de Hegel, de que o desenrolar da história é a geração de um ser cada vez mais inteligente - um "deus" em formação, na minha opinião é o mais primoroso detalhamento da função cósmica da vida!
Essa filosofia é única!


Entretanto, essa maravilhosa conclusão de Hegel não tem a importância que deveria ter na filosofia porque a filosofia de Hegel foi distorcida devido a falsa vinculação dela com o marxismo.

Porém, a filosofia de Hegel nada tem a ver com a raivosa ideologia criada por Marx.

Acredito, ou melhor, espero, que no futuro, ainda longínquo, quando as tolices e meias verdades rousseaulianas e de seus congêneres marxistas levarem finalmente toda a humanidade ao fundo do poço, a verdadeira filosofia do pensamento humano lúcido possa renascer e a filosofia de Hegel possa ser vista na sua forma original.




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