23 de fevereiro de 2016

O Homem Revoltado

O Homem Revoltado

Em 1951 o livro (ensaio) "O Homem Revoltado" de Albert Camus abalou as estruturas da esquerda socialista francesa.

Esse ensaio de Albert Camus foi uma bem articulada demonstração sobre as máculas morais dos "revolucionários" através dos tempos, inclusive aos acontecimentos decorrentes da revolução de 1789.

Esta obra provocou o fim da longa amizade que Sartre mantinha com Camus, Sartre pertencia ao partido comunista.


"A filosofia pode servir para tudo, até mesmo para transformar assassinos em juízes” p.13
Essa é uma das conclusões de Albert Camus no seu livro "O homem revoltado".
O tema do livro é construído em cima do assassinato e a noção de absurdo. 

 
[Nota: revolucionários matam em nome de uma suposta "causa sublime" que tem dentro da cabeça.]

“O homem é a única criatura que se recusa a ser o que é. A questão é saber se esta recusa não pode levá-lo senão à destruição dos outros e de si próprio, se toda revolta deve acabar em justificação do assassinato universal” p. 21.
“Há crimes de paixão e crimes de lógica” (p. 13).

Camus procura respostas.
Como o crime pode ser inocente?
Qual a explicação por trás de uma multidão de escravos sob a bandeira da liberdade?
Como se justifica um massacre em nome da justiça e do amor?

“A revolta nasce do espetáculo da desrazão diante de uma condição injusta e incompreensível” (p. 21).

“É preciso portanto que a revolta tire suas razões de si mesma” (p. 21). 

“Há em toda revolta uma adesão integral e instantânea do homem a uma certa parte de si mesmo” (p. 26).

“Aparentemente negativa, já que nada cria, a revolta é profundamente positiva, porque revela aquilo que no homem deve ser defendido” (p. 32).

"O mal que apenas um homem sentia torna-se peste coletiva. Na nossa provação diária, a revolta desempenha o mesmo papel que o cogito na ordem do pensamento: ela é a primeira evidência. Mas essa evidência tira o indivíduo de sua solidão. Ela é um território comum que fundamenta o primeiro valor dos homens. Eu me revolto, logo existimos” (p. 35).



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